sábado, 22 de agosto de 2015

QUAL O VALOR DA PALAVRA ? Um Decreto?

No inicio do Governo Municipal as metas foram estabelecidas??


As Metas que influenciam a Feira da Madrugada


Requalificar os espaços públicos

• meta 57 – Requalificar a infra-instrutura e os espaços públicos do Centro, incluindo a renovação dos calçadões e projetos estratégicos no Vale do Anhangabaú, Parque Dom Pedro II, Pátio do Pari e os arredores do Mercado Municipal;

A Prefeitura do Município de São Paulo apresentou na Câmara Municipal, seu projeto de metas para a Cidade São Paulo. Entre as metas temos a de nº 57, no item requalificação dos espaços públicos, temos o Pátio do Pari, incluso nos que receberão projetos estratégicos.

Caberia a todos os interessados no espaço do Pátio do Pari, onde se encontra a Feira da Madrugada, ter participado das audiências Públicas para quem sabe contribuir para o aperfeiçoamento das metas estabelecidas para o Pátio do Pari, mas parece que este item passou e ninguém se preocupou, ou melhor, ninguém lembrou.   

Todos deveriam ter participado e influenciado na grande reestruturação do espaço, apresentar e deixar claro ao poder público, a importância da Feira da Madrugada, como fator gerador de rendas e requalificações econômica de significativa parcela da população da cidade de São Paulo, que direta ou indiretamente participa da Feira da Madrugada, tendo em vista, que o crescimento econômico está incluído entre as metas do novo Governo Municipal: eixo 2 – desenvolvimento econômico sustentável com redução das desigualdades, a importância do Pátio do Pari e a sua famosa Feira da Madrugada no desenvolvimento e redução de desigualdade promovida na região é inquestionável, mas principalmente para as pessoas que ali trabalham, é significativa.

A transformação não aconteceu somente com aqueles que trabalham diretamente na feira, ela criou vários postos de trabalho com o seu desenvolvimento, chegando, sem medo de errar, a criar e sustentar, mais de 90.000 (noventa mil) postos de trabalho.

As pessoas que dependem da feira são muitas, temos os que dependem diretamente, trabalham na feira, mas temos também aqueles que trabalham para a feira, em função da feira, tais como: oficinas de costuras e pequenas empresas de assessórios, lojas de tecidos, a feira movimentou o setor de maquinas de costura, tecidos, linhas, lavanderia e tinturaria, sem falar as estamparias e os bordadores. Temos ainda as pessoas que chegam à feira para fazer compras e abastecer seus negócios por todo o Brasil, que também possuem seus empregados, enfim a Feira da Madrugada, não é um comercio que foi criada com estratégias de futuro, ela simplesmente aconteceu e gerou toda essa transformação, hoje é um instrumento de inclusão social, útil a qualquer governo sério, que pensa no bem dos trabalhadores e na população em geral, sem querer fazer caridade, que ninguém precisa, todos só querem trabalhar e ter a certeza que poderão usufruir do seu progresso sem medo de perdê-lo, tal fato acontece hoje na Feira da Madrugada. Os trabalhadores cresceram, mas são obrigados a brincarem de fazer caridade junto com a Prefeitura de São Paulo.

Assim, da mesma forma que o Programa de Metas da Prefeitura foi criado depois da constatação, de que a população do Município, convive diante de uma realidade de profunda desigualdade e desequilíbrio. Temos que a Feira da Madrugada, criada por trabalhadores que acreditaram na força do seu trabalho, pessoas que sempre conviveram com a desigualdade, tanto de tratamento do poder público, como o econômico, chegando muitas vezes a perder tudo e sempre diante da incompreensão de quem esta no poder, esquece que esses trabalhadores só pensam em trabalhar e não se atentam para os direitos que possuem, direitos que lhe são usurpados constantemente, por incompreensão dos governantes e por não terem tempo de participar mais efetivamente das questões de seus interesses.

 As metas não podem passar em branco, todos devem participar, principalmente nos itens que afetam diretamente o Pátio do Pari e mais diretamente a Feira da Madrugada, a feira é um patrimônio da cidade de São Paulo, e , orgulho dos ambulantes da cidade e de todos que estão ligados à feira, que acreditaram ser possível o que vemos hoje.

A questão do Pátio do Pari deve ser olhada com muito mais carinho do que é olhado e principalmente com bom senso, pois é um pólo gerador de empregos e transformações sociais e econômicas para região, que irradia por toda a cidade e o resto do País o seu reflexo.

O complexo, chamado Pátio da Pari, Feira da madrugada, é responsável por uma quantidade de vagas de empregos, permanentes, que nenhum outro setor da economia é capaz de proporcionar, sem nenhum incentivo, temos a obrigação de cobrar de toda a administração publica Municipal, um olhar de compreensão das coisas que acontecem dentro da feira, principalmente aquelas que estão tirando do trabalhador o seu posto de trabalho, que criou e por um erro, comum a todos os ambulantes, estão sendo penalizados.

Mas o que se pede é a compreensão do Poder Público nas questões relacionado ao local, erros aconteceram, erros ainda existem, mas podemos criar uma força do bem e dar ao local um tratamento que merece, diante da sua importância. Não deixar que agora que o bolo está pronto, seja devorado por outros, que nada fizeram, estão chegando agora e apenas se aproveitam da situação e só pensam no econômico e deixa o social a míngua. As pessoas que dedicaram uma parte de sua vida na construção da feira merecessem novas oportunidades, não podemos desmerecer a capacidade de gerar situações novas e inovadoras do pessoal da Feira da Madrugada, em especial os ex-ambulantes.
  
O plano de metas seria uma oportunidade de melhorar o espaço do Pátio do Pari, da Feira da Madrugada e também de tirar a má impressão que todos tem do lugar.  A Feira da Madrugada fortaleceu a região que estava largada e abandonada. Trouxe o progresso a muitos e ainda continua com potencial e com todas as possibilidades de colaborar com o poder público nas suas metas de crescimento social, econômico e educacional da população de São Paulo, lançando seus reflexos para todo o país.

Senhores PENSEM na importância de pessoas, como os que criaram a Feira da Madrugada, suas lutas pelas ruas de São Paulo, até chegar onde hoje podemos dizer é sua sede. Sejamos justo, que sejam tomadas decisões que tragam a todos a sensação de que a justiça está sendo feita e que podemos ser parceiros com o poder publico nas suas jornadas pelo social.  

NÃO A LICITAÇÃO, MERECEMOS MAIS ATENÇÃO E MAIS HONESTIDADE COM O NOSSO EMPREGO E O ALIMENTO QUE LEVAMOS PARA A NOSSA FAMILIA.



AMEC-M

Associação Comercial dos Micros Empreendedores e Comerciantes da Madrugada



CR - COMISSÃO DA REFORMA

Um comentário:

  1. 06/10/2015 10:05 - GRUPO UAI VAI ASSUMIR FEIRA DA MADRUGADA

    O Grupo Uai, rede mineira de shoppings populares, é a nova gestora da Feira da Madrugada, um dos principais centros de compras a céu aberto da América Latina, localizado no Brás, em São Paulo. O grupo venceu, junto com outras duas empresas paulistas, a licitação para a revitalização e organização de feira, que passará de 4 mil para 6 mil expositores. A vigência do contrato será por 35 anos e tem valor estimado de R$ 1,5 bilhão.

    O presidente do Grupo Uai, Elias Tergilene, afirma que a conquista da licitação é uma prova do reconhecimento da metodologia mineira para gestão de shoppings populares. Ele destaca que a rede mineira tem expertise no segmento e coleciona cases bem-sucedidos, tanto em Belo Horizonte quanto em outras cidades. "São Paulo reconheceu que a nossa forma de administrar Àcamelódromos" é a melhor para a cidade e com isso conseguimos reconhecimento no Brasil todo", comemora.

    A tríade aguarda a publicação da homologação no Diário Oficial de São Paulo, para então iniciarem o cronograma de trabalho. "Estamos ansiosos para colocar em prática as ações de empreendedorismo social e capacitação empresarial para os feirantes da maior feira da América Latina", afirma Tergilene.

    O próximo passo do empresário será marcar uma reunião com os feirantes da Feira da Madrugada para conhecer as necessidades de cada um. Em um segundo momento, Tergilene irá se reunir com empresários das indústrias para sugerir um plano de trabalho com o foco em ações que possam diminuir a pirataria.

    Atualmente, o Grupo Uai tem quatro espaços em funcionamento: AI Shopping Centro e Uai Shopping O Ponto, na capital mineira; Uai Shopping São José, no Amazonas; e Uai Shopping Agamenon, em Pernambuco. Outros dois shoppings estão em construção no Brasil, sendo um deles o Cidade das Compras, que será no Agreste Pernambucano.

    Cronograma - Além do Grupo Uai, que ficará responsável pela gestão da feira, também fazem parte do consórcio que ganhou a licitação a RFM Participações, incumbida das obras, e a Fundo Talismã, responsável pela captação de recursos. De acordo com Tergilene, no primeiro momento, o consórcio vai se concentrar em obras urgentes de infraestrutura, que custarão cerca de R$ 15 milhões e serão iniciadas ainda este ano.

    Elas incluem melhoria dos banheiros; do sistema de escoamento de água do local, que vem sofrendo com alagamentos, e reforma do estacionamento. Essa primeira fase ainda inclui construção de quiosques de alimentação, infraestrutura de segurança e de hotelaria para atender os motoristas de ônibus e lojistas que vêm de fora, além de auditório para eventos.

    Já as obras de reestruturação da feira devem começar apenas em 2016 e terão investimento de cerca de R$ 500 milhões. De acordo com o presidente, essa fase inclui a construção de mais dois andares e estacionamentos subterrâneos. "Também vamos aproximar empresas do centro de compras, trazendo bancos para dentro do espaço e parcerias com entidades do Sistema S", diz. A reforma ampliará a capacidade da feira, que passará de 4 mil para 6 mil expositores.

    O presidente do Grupo Uai afirma que a rede contribuirá com uma gestão diferenciada, que inclui um trabalho extenso de capacitação e formalização dos feirantes. Ele destaca que esse é um importante trabalho para o empoderamento do pequeno empreendedor, que ainda sofre com falta de infraestrutura no País. "Nossa empresa veio para dar ao pequeno empreendedor essa infraestrutura junto com a capacitação. Não queremos mais assistencialismo, estamos com uma nova bandeira: a emancipação social através do trabalho e do empreendedorismo. Queremos tirar essas pessoas da necessidade do assistencialismo e vê-las gerando negócios, emprego e renda", diz.



    Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG

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